domingo, 19 de setembro de 2010

Maranhão tem 46% Ricardo 32%

Se as eleições fossem hoje, o governador e candidato à reeleição, José Maranhão (PMDB), da coligação Paraíba Unida, teria 14 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado na corrida eleitoral, o ex-prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), da coligação Uma Nova Paraíba. Os dados são da pesquisa encomendada pelo jornal O Norte ao Instituto Diário Data Associados, que entrevistou 1.100 pessoas entre os dias 12 e 15 deste mês. O intervalo de confiança da consulta é de 95% e a margem de erro é de 3 pontos para cima ou para baixo.

De acordo com a pesquisa estimulada, quando é apresentada ao eleitor a lista dos candidatos, Maranhão tem 46% das intenções de voto, seguido por Ricardo, com 32%. Em terceiro lugar aparece Loudes Sarmento (PCO), com 1%. Francisco Oliveira (PCB), Marcelino Rodrigues (PSTU) e Nelson Júnior (Psol) não atingiram o percentual mínimo de 0,5% e, por isso, não pontuaram. Pretendem votar nulo,5% dos eleitores. O número de indecisos chega a 15%.

Com base nos dados da pesquisa estimulada, o instituto elaborou um quadro levando em consideração apenas os votos válidos. Neste cenário, José Maranhão aparece com 58% dos votos, seguido de Ricardo Coutinho com 40%. Marcelino, Lourdes e Nelson Júnior aparecem com 1%. Já Francisco Oliveira não pontuou na consulta. Neste quesito se exclui os 20 pontos percentuais dos votos nulos e dos indecisos.

Os dados da estimulada demonstram uma oscilação nos percentuais conquistados pelos postulantes, em relação à pesquisa anterior, publicada em 15 de agosto. Na primeira consulta, Maranhão aparecia com 58%, enquanto que o segundo colocado, Ricardo Coutinho, aparecia com 26%. Entre os outros candidatos, apenas Lourdes Sarmento pontuou, com 1% das intenções de voto.

Na atual consulta, o Instituto Diário Data Associados também quis saber, de forma espontânea, a intenção de voto dos eleitores. Neste cenário, sem a apresentação dos nomes dos candidatos, José Maranhão aparece com 39% das intenções de voto, seguido por Ricardo Coutinho, com 28%. Pelo menos 1% dos eleitores citou outros candidatos. Os indecisos somaram 25% e os votos nulos, 7%.

O instituto procurou saber a intenção de voto dos eleitores no caso de um eventual segundo turno. Neste quesito, os números mostram Maranhão com 46% das intenções de voto, contra 34% de Ricardo Coutinho. O percentual de eleitores indecisos é de 16%, enquanto que os que pretendem anular o voto giram em torno de 5%. Os percentuais da pesquisa estão arredondados e, por esta razão, pode acontecer que a soma não atinja 100%, podendo ficar entre 99% e 101%.

Intenção estimulada de voto para governador

Zé Maranhão 58% 46%
Ricardo Coutinho 26% 32%
Lourdes Sarmento 1% 1%
Marcelino 0% 0%
Francisco Oliveira 0% 0%
Nelson Júnior 0% 0%
NR/ninguém nulo 6% 5%
NS/indeciso/ branco 9% 15%
Total 100% 100%

Intenção espontânea de voto para governador

Zé Maranhão 39%
Ricardo Coutinho 28%
Outros nomes 1%
NR/ninguém/voto nulo 7%
NS/indeciso/voto branco 25%
Total 100%

Conhecimento do número do candidato a governador

Qual o número de seu candidato a governador?

15 27%
40 19%
45 1%
13 0%
19 0%
50 0%
NR 3%
NS 49%
Total 100%

Simulação de segundo turno para governador

Zé Maranhão 46%
Ricardo Coutinho 34%
NR/ninguém/voto nulo 5%
NS/indeciso/voto branco 16%
Total 100%


Cássio e Vitalzinho lideram para o Senado

Se as eleições fossem hoje, Cássio Cunha Lima (PSDB) e Vitalzinho (PMDB) levariam vantagem sobre os adversários na corrida pelas duas vagas abertas para o Senado e seriam eleitos. O tucano lidera a pesquisa com 49% das intenções de voto, seguido pelo peemedebista, com 28%. Depois deles aparecem Efraim Morais (DEM), com 25%; Wilson Santiago (PMDB), 20%; Vital Farias (PCB), 4%, e Maria das Dores (PCO), 1%. Marcos Dias (Psol) e Edgard Malagodi (Psol) não pontuaram.

A consulta para o Senado leva em consideração o primeiro e o segundo voto do eleitor para a escolha do representante, já que neste ano há duas vagas para o cargo. Por conta disso, a soma total dos percentuais chega a 200%. A pesquisa demonstra também que ainda há perspectiva de crescimento entre os postulantes, já que 23% dos eleitores disseram que vão votar nulo e 48% deles estão indecisos.


Pendência com a Justiça Eleitoral não tira a dianteira do ex-governador na disputa Foto: Katharine Nóbrega/Especial DB/D./D.A Press
A pesquisa estimulada mostra ainda um crescimento considerável de Vitalzinho na corrida eleitoral. Há um mês, ele aparecia com 22% das intenções de voto e subiu para 28%. Uma diferença de 6 pontos percentuais para cima. A tendência de crescimento também foi vista em relação a Cássio Cunha Lima, que passou de 45%, em agosto, para 49% neste mês.

A pesquisa também demonstrou que os postulantes ao Senado precisam ficar mais atentos ao número de campanha. Entre os eleitores ouvidos pelo Instituto Diário Data Associados e que disseram ter candidato, a maioria não sabia dizer qual número eles vão precisar digitar na urna eletrônica para confirmar o voto no postulante de sua escolha. E isso a menos 15 dias das eleições.

O número mais massificado, até o momento, é o do ex-governador Cássio Cunha Lima. Apesar disso, não mais do que 11% dos eleitores do tucano sabem que o número dele é "456". Na seqüência vêm o de Vitalzinho (155), conhecido apenas por 5% do eleitorado dele, e o de Wilson Santiago (151), conhecido também por 5% dos eleitores do peemedebista.

Mesorregiões

Candidato do PMDB cresceu seis pontos percentuais no intervalo de um mês Foto: Katharine Nóbrega/Especial DB/D./D.A Press
O Instituto Diário Data Associados também aferiu a preferência do eleitorado por região. Os dados mostraram surpreendentemente que tanto Cássio, quanto Vitalzinho possuem melhor avaliação em João Pessoa que em Campina Grande. O tucano tem a preferência de 37% do eleitorado de Campina e de 45% dos da capital. Já o peemedebista tem 16% em Campina e 32% em João Pessoa.

Levando em consideração a distribuição dos eleitores tendo como base o porte das cidades, Cássio e Vitalzinho levam maior vantagem nos municípios com população variando entre 30 mil e 100 mil. Nesta mesma faixa está Efraim Morais. Já Wilson Santiago encontra melhor receptividade entre os eleitores das cidades com menos de 10 mil eleitores.

Intenção estimulada de voto para Senador

Cássio Cunha Lima 49%

Vitalzinho 28%

Efraim Morais 25%

Wilson Santiago 20%

Edgard Malagodi 0%

Marcos Dias 0%

Maria das Dores 1%

Vital Farias 4%

NR/ninguém/voto nulo 23%

NS/indeciso/voto branco 48%

Total 200%

Operação Mãos Limpas: STJ manda soltar governador do Amapá


Por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias de Carvalho, foi solto no início da noite de ontem (18). Acusado de envolvimento em um esquema de desvios de recursos públicos no Amapá, ele estava detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A prisão foi feita durante a Operação Mãos Limpas.
O presidente do Tribunal de Contas do estado, José Júlio de Miranda Coelho, e o secretário estadual de Segurança, Aldo Alves Ferreira, continuam presos. De acordo com a PF, o alvará de soltura do governado não informa a justificativa para soltá-lo. Isso, segundo a PF, consta apenas do processo, que corre sob segredo de Justiça.
A Operação Mãos Limpas investiga um esquema de desvio de recursos da União, que envolve, ainda o ex-governador do estado Waldez Góes; o ex-secretário de Educação José Adauto Santos Bitencourt; o empresário Alexandre Gomes de Albuquerque e outras 12 pessoas que já foram soltas.
As apurações da PF revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
A maioria dos contratos firmados pela Secretaria de Educação não estaria respeitando as formalidades legais e beneficiava empresas previamente selecionadas. De acordo com a PF, uma empresa de segurança e vigilância privada manteve por três anos, de forma suspeita, um contrato emergencial com a Secretaria de Educação. A fatura mensal desse contrato era superior a R$ 2,5 milhões. Há evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.

Da Agência Brasil